segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dom sobre dom

Ah, ninguém sabe o que é o dom
das palavras quando enxerga o poeta
de tão alegre,doída ela se entrega
Ah, quem conhece o solo pedregoso,
os fiapos emaranhados,
as torpezas que espremem
o coração de quem diz a poesia?
Venha pela boca ou no papel.
Oh, quero chorar pelas palavras
quero bater meu coração letra por letra.
Basta pouso de pássaro,
garça andando fino em águas,
uma encomenda das palavras.
Oh, quero cerebrar o córrego das veias,
esticar o nervo léxico,ciático serviçal
e alegrar esse canto
nos quatro cantos do mundo.
Nas quatro doses da lua.

domingo, 13 de outubro de 2013

Quando o cotidiano argumenta

- Alô! Fulano?
- Ah...Oi..alô pra você também.
- Escuta, nosso filho está melhor com você?
- Melhor? Eu já disse a ele que se ele não quer
nada comigo e com a vida, ele é quem sabe, o problema é dele.
- Como assim, fulano, o problema é dele? Você está louco?
o problema é só dele? Não, meu caro... o problema é nosso,
melhor, é de todo mundo, no sentido real da palavra "mundo"...
O problema é seu e de sua família, meu e de minha família,
o problema é de todos, inclusive do Brasil e do Mundo... E
se deixarmos como está, sem nos importarmos, ele será mais
um nas estatísticas de índice de desenvolvimento humano lááá...
embaixo. Fala sério!
- Alô! Alô!
- Desligou...