terça-feira, 28 de maio de 2013

Letramente

Ouço daqui do meu quarto
o ofício de um galo
madrugando as horas.
Minha forma inventada por meus pais
inaugurou-se num agosto
do ano de sessenta e cinco.
Meu primeiro poema
já sabia olhar pra trás
como fazem as memórias.
Uma saudade danada de tudo
que carecia das palavras
pra morder o tempo.
E de tudo que escrevo
há um traço indefeso
dos retratos.

8 comentários:

  1. Encontrei esse blog por acaso e já estou cheio de poesia no meu peito. gostaria de conhecer essa poeta.
    Muito bom.
    Carlos Léo Rio de Janeiro-RJ

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  2. Eita,haja poesia. gostei muito da última frase.
    Suely
    Arapiraca-Alagoas

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Que lindo poema. Realmente o passado nos
    faz olhar para tras. Um bons, outros... bons tambem. Parabens Marta Eugenia.

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  5. Que lindo poema. Realmente o passado nos  faz olhar para tras. Um bons, outros... bons tambem. Quem diria que minha aluna um dia viraria poetisa. Parabens Marta Eugenia. A.R.L.

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