domingo, 29 de setembro de 2013

Corpos D'Água


Às vezes pernas falam sem parar,
notícias circulatórias,
coração bate que bate
e eu penso:
é melhor parar um pouco.
As mãos rasgam escritos
brigam com a cabeça madalena.
Ah, mas tem horas...
que as horas Graciliam a voz
que é mana do corpo
palavra resmunga, trejeito conhecido.
Quero águas que a sede é tamanha!
Umidade brilhante no olho,
suor minado na pele
Molho que espera na panela
quer descer-se sobre a carne
pra dar gosto.
Palavra é vida que acorda,
sacoleja os ombros,Finca pé
e sai decidida a molhar o dia .

Nenhum comentário:

Postar um comentário