domingo, 29 de setembro de 2013



É, meu,
meu poema fica à vontade comigo
enquanto isso desliza.
Manco, limpo minha Íris.
Cenas que a rua me dá
não me suportam sozinha.
A poesia me toca,
me acha pela miopia
Meu caro poema,
rasgo cartas amarelas
Ou arranjo um vitral daquilo (pronto).
Caquinhos finos Daquelas (reticências).
Que todos têm
Meu poema:
Meu jeito de não saber...
Aproxima-me a becos de existências.
E nem sabe muito bem pra onde ri.
Meu poema: minha chave em cadeia
Garganta a companhia do só.
Dedos soletram meus medos,
por ele jorro os defeitos.
Tiro a roupa da mentira
e não engulo os remédios.
Meu poema minha porta,
meu sintoma favorito.
Fico à vontade contigo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário