segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dom sobre dom

Ah, ninguém sabe o que é o dom
das palavras quando enxerga o poeta
de tão alegre,doída ela se entrega
Ah, quem conhece o solo pedregoso,
os fiapos emaranhados,
as torpezas que espremem
o coração de quem diz a poesia?
Venha pela boca ou no papel.
Oh, quero chorar pelas palavras
quero bater meu coração letra por letra.
Basta pouso de pássaro,
garça andando fino em águas,
uma encomenda das palavras.
Oh, quero cerebrar o córrego das veias,
esticar o nervo léxico,ciático serviçal
e alegrar esse canto
nos quatro cantos do mundo.
Nas quatro doses da lua.

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