A cabeça não cessa de doer
Lateja um pouco acima dos olhos,
cala o resto do corpo. 
Posso olhar as coisas 
com seus nomes prediletos:
camisa, prego, botão...
manuseio seus sentidos, até.
Ou ponho máscaras, 
um novo jeito pra chamar.
Mas não é fácil dar um grito 
depois do analgésico
e relaxante muscular.
Um grito no meio do Atlântico 
ou do Velho Chico, 
águas a que pertenço.
Porque conheci o mar aos sete anos 
e o silêncio me molhou os pés,
me tomou por testemunha.
 
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